segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Alfabeto Fonético Internacional

Antes da II Guerra Mundial não existia um alfabeto fonético comum, exceto para uso militar embora cada serviço tivesse o seu, o que como se pode calcular gerava uma grande confusão.

Em 1941 com a eminência da entrada dos EUA no conflito, tornou-se óbvio que era necessário encontrar um alfabeto comum, que viesse a permitir um entendimento concertado no campo de batalha. Embora fosse grande a rivalidade entre os diversos serviços, e depois de várias tentativas sem sucesso de conciliar as idéias de todos os intervenientes, foi tomada uma decisão drástica.

Convidados os responsáveis dos vários serviços para uma reunião no MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts), uma vez no local foram reunidos numa enorme sala com grandes quadros, imensos lápis, resmas de papel e um dicionário por pessoa, sendo-lhes comunicado que seriam servidas três refeições diárias e que a porta da sala estaria fechada durante os restantes períodos, bem como não seria permitida a saída de ninguém enquanto não fosse adotado um alfabeto aceite por cada serviço!

O tempo que isto levou a resolver não temos conhecimento, no entanto esta decisão, levou ao aparecimento do Alfabeto Fonético JAN (Joint Army/Navy), com que os Estados Unidos da América entraram na IIª Guerra Mundial. Este alfabeto embora não fosse perfeito, pois existiam de fato algumas dificuldades de compreensão de várias letras por parte de alguns Exércitos Aliados, foi sem dúvida de grande utilidade para as comunicações militares.

Depois de terminada a Guerra, houve tempo suficiente para absorver os ensinamentos adquiridos e fazer um alfabeto melhor. No entanto nenhum teve sucesso até que entrou em campo a ICAO (Organização Internacional da Aviação Comercial), que necessitava de adotar um alfabeto para utilização nas comunicações da emergente indústria Aeronáutica e criou o seu próprio alfabeto fonético.

O alfabeto fonético que hoje conhecemos foi adotado pela ITU (Organização Internacional das Telecomunicações), organismo onde são elaborados os regulamentos Internacionais das Radiocomunicações. Embora o alfabeto não seja perfeito, funciona…e constitui uma ferramenta inquestionável nas comunicações por voz, sendo utilizado nos mais variados serviços civis e militares.

Mesmo nas comunicações em FM (Freqüência Modelada) em que a qualidade do áudio é geralmente muito boa, a utilização correta do alfabeto fonético permite a detecção de qualquer erro de compreensão na transmissão de uma qualquer mensagem.

A - Alfa
B - Bravo
C - Charlie
D - Delta
E - Echo
F - FoxTrot (apenas Fox no Brasil)
G - Golf
H - Hotel
I - India
J - Juliet
K - Kilo
L - Lima
M - Mike
N - November
O - Oscar
P - Papa
Q - Quebec
R - Romeo
S - Sierra
T - Tango
U - Uniform
V - Victor
W - Whiskey
X - X-Ray (no Brasil é Xingu ou Xadrez)
Y - Yankee
Z - Zoulou (no Brasil Zulu)

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