sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Baratas (Blatidae Ortophtera)

Tudo o que você nunca quis saber sobre este insetos asquerosos porque tinha medo de perguntar...

Estudos em andamento no Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas apontam:
há mais de 200 baratas por habitante em São Paulo, o que firma a cidade como uma das cinco mais embaratadas do mundo - ao lado de Cidade do México, Tóquio, Miami e Johannesburgo. Trocando em miúdos, isso quer dizer que pelo menos 3 bilhões desses insetos respiram o mesmo ar que você, paulistano.

"Não existe restaurante em São Paulo que jamais tenha sido visitado por baratas", entrega o biólogo Paulo Val Rocha Júnior. As regiões mais infestadas são centro e zona norte, mas quase ninguém escapa: segundo o instituto, 70% de todas as residências da capital mantêm sua coloniazinha de baratas.
Paradoxalmente, a tentativa de eliminá-las acabou gerando SUPER BARATAS, sobreviventes de antigas dedetizações que ficaram imunes a alguns venenos. Afora isso, há uma taxa de natalidade desenfreada. Uma barata dura em média dois anos, e cada fêmea é capaz de fazer 800 filhotes, que se alimentam das fezes da mãe.
A barata é o inseto mais antigo do mundo. Seus fósseis datam de 350 milhões de anos, 348 milhões antes do homo virar sapiens. Desde então, a espécie passou
pelas mais diversas provações, adaptou-se a tudo, e hoje é das estruturas mais
bem preparadas para enfrentar o mundo cão. Seus poderes naturais vão desde
sobreviver 40 dias sem comida, sete dias sem água e 40 minutos sem respirar, até
ressuscitar depois de ter sido congelada viva - a 5 ºC, seu metabolismo cai a
zero e as funções vitais praticamente param.
Descongelada, a espécie Periplaneta americana, por exemplo, sai andando ou
nadando.
Aliás, são ótimas nadadoras: bóiam e se movimentam com as patas.
Numa enchente, quando o esgoto transborda, simplesmente mudam de endereço - e,
assim, inauguram novas colônias que ajudam a disseminar a praga.

A Performance
A performance atlética de uma barata deixa qualquer triatleta no chinelo.
Elas são capazes de...
* correr a 150 km/h
* fazer 25 desvios por segundo
* ressuscitar depois de terem sido congeladas vivas

... E ESTÃO PREPARADAS PARA RESISTIR A ...
* explosões atômicas
* 40 dias sem comida
* 7 dias sem água
* 40 minutos sem respirar

Medir forças com baratas é tarefa ingrata: além de atletas, são superdotadas de sentidos, de forma que possuem uma carapaça de células sensíveis à luz e antenas
que servem de tato, olfato e detector de veneno.
Um monstro tecnológico. Para dar tanto olé em nossa ingênua e frágil espécie,
além da experiência maturada por milhões de anos, elas cultivam a virtude de
driblar a ansiedade: consomem 75% de seu tempo descansando, nos observando, energizando-se para atravessar os perigos da noite e os desafios da luta pela sobrevivência. Sua competência é tamanha que a perpetuação da espécie por outros milhões de anos está mais do que assegurada. "É impossível exterminá-las do planeta", diz o engenheiro agrônomo Luis Macul.
"Qualquer medida que tomarmos é apenas para controle, é o máximo que conseguimos fazer." A lenda da resistência à bomba nuclear, por exemplo, "é totalmente verídica".

São elas, com certeza, que vão apagar a luz quando destruirmos o planeta.

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